ANTEDILUVIANO MALKAVIANO: A ORIGEM DA LOUCURA

 

O Antediluviano Malkaviano, também conhecido como Malkav, Micah, Marid, Tom Louco ou Malcolm, o Malky, é o lendário progenitor do clã Malkaviano. Ele é considerado o segundo antediluviano mais velho, gêmeo de Arikel. Os Malkavianos também consideram Saulot e Set irmãos de Malkav.

 

O Antediluviano Malkaviano é conhecido apenas por meio de mitos e impressões deixadas sobre seu clã louco. Alguns dizem que ele nem era humano, ao invés disso alegavam que ele era um anjo ou descendente de Lilith. Minha pergunta é: seria Malkav um dos primeiros magos? A única coisa que as histórias compartilham é que de uma forma ou de outra ele foi tocado por uma loucura incurável, mas que sua demência lhe permitiu olhar além do véu da realidade e perceber verdades escondidas aos olhos dos outros. Em uma discussão entre Malkav e Set sobre a natureza da Verdade, Malkav afirmou a crença de que a Verdade foi revelada de fora nas aparentes contradições das percepções sensoriais, mesmo que a imagem parecesse distorcida no início, já que todas essas contradições seriam eventualmente resolvidas pela mente. Embora os relatos discordem sobre se o Antediluviano Malkaviano foi morto, uma crença um tanto comum entre os Malkavianos é que, quer seu corpo tenha sido destruído ou não, seu progenitor continua a existir como a Rede da Loucura.

 

NOME VERDADEIRO

Deve-se notar que, embora o Antediluviano Malkaviano seja quase universalmente referido como Malkav, este é apenas um epíteto. Em sua tradução para o inglês do Livro de Nod, o nodista Aristóteles de Laurent recorreu ao uso do nome "Malkav" porque não conseguiu encontrar nenhum nome mais preciso, embora admitisse que se tratava de uma "erudição desleixada" (ele confessou ainda estar apreensivo a respeito os verdadeiros nomes dos Antediluvianos, já que depois de saber o verdadeiro nome do fundador do clã Brujah, ele acordou na noite seguinte com seu próprio nome esculpido em seu antebraço). O nome Malkav já era de uso comum durante a Idade das Trevas. Independentemente disso, o nome verdadeiro do Antediluviano provavelmente foi encoberto e perdido na história.

 

O nome possivelmente vem da palavra aramaica "mlk" (מלך), que significa "rei", acadiano malku) ou da palavra árabe "melek" (مَلَك), que significa "anjo" (quando vocalizado como מֹלֶךְ mōlek no massorético Texto, tradicionalmente é entendido como um nome próprio e pode ser associado a outro caractere). Para obter mais informações, consulte a palavra proto-semítica malk. Além disso, Malakai deriva do hebraico “Malʼāḵ> Malʼāḵî”, que significa “meu mensageiro, meu anjo”.

 

SUA NATUREZA:

No Livro do Clã original: Malkavianos, Malkav é descrito como uma tentativa de superar as limitações da realidade imutável e devolvê-la a um estado de possibilidades infinitas. Isso vai junto com a ênfase do livro nos Malkavianos como forças de revolução e dinamismo, bem como sua associação com os Fae - as fadas do Mundo das Trevas. De acordo com a história, o próprio Caim estava tentando ensinar seus descendentes a se libertar das barreiras artificiais da Criação, e foi Malkav quem chegou mais perto de alcançar essa iluminação. Para tanto, ele destruiu sua própria capacidade de filtrar e interpretar o mundo ao seu redor, deixando-o louco, mas o aproximando de ver as possibilidades ocultas inerentes ao universo. Seu clã compartilha o fardo de Malkav para que, por meio deles, o Antediluviano possa continuar a refinar seus conhecimentos e romper mais barreiras.

 

Como a edição revisada cortou o laço entre os Malkavianos e Fae, a natureza e as intenções de Malkav tornaram-se muito menos compreendidas. O Livro de Clã Malkavianos Revisado sugere que mesmo antes do Abraço, Malkav era especial, possivelmente um anjo, mensageiro ou grande profeta. Ele também é alternativamente chamado de irmão de Saulot e Set (embora talvez alegoricamente), ou gêmeo de Arikel. Algumas escrituras afirmam que sua irmã gêmea era Malakai, uma Antediluviana ainda mais instável e perigosa que seu irmão, que nunca gerou filhos e está aprisionada nas Terras das Sombras – o submundo, ou seja, a Terra dos Mortos.

 

Os relatos divergem sobre qual membro da Segunda Geração foi seu pai, pois também discordam sobre como Malkav ficou louco. O conto tradicional é que o Antediluviano foi amaldiçoado com a loucura por Caim, seja por causa de algum desprezo ou porque ele virou seus companheiros na Segunda Cidade uns contra os outros, dando-lhes falsas visões. Outra história diz que Lilith o escolheu como punição e contou-lhe um segredo que destruiu sua mente. Um terceiro sugere que Malkav bebeu profundamente do sangue da Segunda Geração e foi dominado por seu poder, sua mente se tornando aberta para verdades maiores do universo e no processo perdendo o controle da realidade. Quaisquer que sejam as habilidades proféticas que ele possa ter anteriormente, os Malkavianos acreditam que a insanidade do Antediluviano lhe concedeu uma visão maior.

 

SEU DESTINO:

Após a queda da Segunda Cidade, acredita-se que Malkav tenha viajado em direção à cidade de Petra. É ao longo dessa jornada que alguns pensam que o Ancião Malkaviano foi atacado e dilacerado. Quem pode ter sido o agressor é desconhecido, embora pareça provável que outro Antediluviano tenha procurado sua destruição. Ainda assim, mesmo que seu corpo tenha sido destruído, acredita-se que seu espírito sobreviveu dentro de suas crias, que se reuniram no local de sua morte e beberam seu sangue derramado, levando a essência de Malkav para dentro delas e protegendo-a dos raios do sol. No entanto, outros relatos afirmam que o Antediluviano Malkaviano continua a dormir sob Petra, ou que ele descansa sob Jerusalém, como atesta a aventura pronta Fontes de Carmesim Brilhante. Se isso for verdade, sua loucura pode ser uma das causas da instabilidade regional que tomou conta da área por tanto tempo, e ele pode ser o responsável direto pelo massacre que se seguiu ao cerco de Jerusalém em 1099.

 

A tendência de Jerusalém para a mania religiosa foi atribuída à presença do Malkav em algum lugar perto da cidade. Uma criatura de grande poder encontra-se dentro de um fosso perto do Vale de Hinom, com rumores de ser o próprio Antediluviano, um de seus descendentes diretos, sua irmã Malakai, ou um dos Baali originais. À medida que as Noites Finais se aproximam, a mania religiosa e a histeria se tornam mais generalizadas, consideradas por alguns como conectadas à criatura que jaz no fosso.

 

No livro Gehenna, Malkav aparece como uma dúzia de garotinhas, todas exatamente iguais na aparência, com olhos brilhantes.

 

ESPECULAÇÕES:

Malkav provavelmente se tornou a Rede da Loucura, um elo psíquico que conecta virtualmente todos os membros do Clã Malkaviano. Seja esta a tentativa do Antediluviano de ascender a um estado superior de ser ou simplesmente uma fuga da Morte Final, ele é uma força mental capaz de compartilhar sua loucura e visão com todos os seus descendentes, possivelmente até mesmo direcionando suas ações. Alguns extremistas chegam a dizer que a Rede da Loucura é o sistema nervoso de Malkav e que o próprio Clã Malkaviano é a manifestação física do Ancião. No entanto, até que ponto Malkav realmente existe ou tem controle sobre a Rede da Loucura permanece um mistério que dificilmente será resolvido tão cedo, já que ninguém tem evidências de que o Antediluviano tenha agido diretamente.

 

Uma ideia defendida por alguns membros do Sabá é que Malkav está dormindo, e se ele acordar, a mente do Ancião dominará todo o seu clã e os consumirá. A esperança deles é que, ao aumentar continuamente seus números, o clã um dia estenda a essência de Malkav, tornando-o verdadeiramente vulnerável. Isso talvez explicaria porque mesmo os Membros da Camarilla nem sempre destroem completamente aqueles que vêm através do Abraço quebrados e incapazes de sobreviver. O fato é que, de todos os Antediluvianos, o propósito ou as intenções de Malkav são provavelmente os menos compreendidos. Ele pode estar tão preocupado com a Jyhad quanto todos os outros antigos, ou pode estar tentando guiar seu clã (ou até mesmo o mundo inteiro) para um estado de iluminação.

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